28.5.22

Tripla de NRP na Madeira

Imagem sócio Mário Camacho

Por estes dias, posicionam-se/visitam a Região uma tripla de NRP (Navios da República Portuguesa), quer em missões de patrulha, escolta ou em missões relativas ao combate à poluição que tem decorrido por estes dias, quer no porto do Porto Santo, quer no porto do Funchal, onde inclusive esta semana decorreu uma acção de formação com funcionários da APRAM, segundo anunciou na sua página a autoridade portuária.

Imagem sócio Mário Camacho

Falamos claro, e primeiramente, do NRP Dragão, uma embarcação de patrulhamento costeiro da Marinha Portuguesa, que nos chegou ao virar do dia 23 para 24, no âmbito de um posicionamento nas nossas águas, em substituição ao NRP Mondego, que nos últimos três meses tinha estado aqui destacado e regressou à Base Naval do Alfeite. 

Imagem sócio Ruben Câmara

Além disso, o NRP Dragão tem sido uma frente ativa na sensibilização para a poluição marítima, bem como no treino de pessoal em relação a este importante assunto, quer no Funchal, quer no Porto Santo, onde esteve nos passados dias 25, 26 e 27. Antes, no dia 24, foi utilizado no Cais Norte do Porto do Funchal, na referida acção de formação da APRAM, tendo em seguida feito rumo à Vila Baleira. O NRP Dragão permanecerá nas próximas semanas, nas águas da Madeira, tendo como base o Cais do Patrulha, no porto do Funchal, assumindo as funções anteriormente levadas a cabo pelo NRP Mondego.

Imagem sócio Ruben Câmara

A seu encalce, também por volta da meia-noite do dia 23, veio a atracar no Cais Norte do Funchal o NRP João Roby, uma corveta, ou fragata ligeira - como a descreve o próprio site oficial da Marinha - que nos tempos recentes, tem estado destacado ao serviço de escoltador oceânico ligeiro. O navio tem acompanhado o NRP Dragão nas suas deslocações inter-portuárias, como foi o caso tanto na vinda desde a Base Naval do Alfeite, como na ida para o Porto Santo, onde também esteve nos mencionados dias, e regressou ao Funchal pelas 18:30 de ontem, dia 27 de Maio.

Imagem sócio Mário Camacho

O NRP João Roby é o último sobrevivente da sua classe, que originalmente constituía de quatro unidades, sendo que duas delas foram transformadas em recifes artificiais, uma em mares madeirenses. Lançada em 1975 como uma melhoria da classe João Coutinho, desta classe faziam parte também, além do João Roby, a NRP Oliveira e Carmo, retirada de serviço em 1999 e afundada ao largo de Portimão em 2012, a NRP Baptista de Andrade e a NRP Afonso Cerqueira, a segunda afundada no Cabo Girão, mais recentemente, corria o ano de 2019.

Imagem sócio Sergio Ferreira

Na missão atual, o NRP João Roby acompanha o NRP Dragão, fazendo uso da sua função de escoltador oceânico ligeiro.

Imagem sócio Mário Camacho

Também no porto do Funchal chegou, já na tarde de hoje, o NRP Hidra, outra lancha de patrulhamento costeiro, tendo-se juntado ao NRP Dragão no Cais do Patrulha. O NRP Hidra deverá estar posicionado na Madeira pelo menos até 14 de Julho, tendo, como habitualmente realizado pelos navios da Marinha Portuguesa, sido proveniente da Base Naval do Alfeite, devendo para lá seguir novamente assim que terminada a sua missão pelas nossas águas.

Imagem sócio Fernando Gomes

Da mesma classe do NRP Dragão, que acima falamos, o NRP Hidra pertence à classe Argos, cinco lanchas de patrulha e fiscalização das águas territoriais portuguesas, bem como de missões de busca e salvamento, e combate à poluição. Foram nomeadas em homenagem a constelações, sendo que, além da Argos, Dragão e Hidra, fazem também parte a NRP Escorpião e NRP Cassiopeia.

Imagem sócio Mário Camacho

Ao encalce do NRP Hidra, navegou até nordeste do Porto Santo a corveta NRP António Enes, em função de escolta similar àquela que efetua o João Roby com o NRP Dragão, tendo a mesma regressado a Lisboa, uma vez "entregue" o Hidra a águas territoriais madeirenses.

Imagem sócio Mário Camacho

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