Fotografia de / Photograph by © Gerhard JourdanNo dia 22 de Dezembro de 1963, ou seja hoje faz 58 anos, que pelas 11 horas da noite, o navio TSMS LAKONIA, se encontrava a 180 Km do norte da Madeira, foi dado o primeiro alarme de "incêndio", na sua viagem de natal com partida do Reino Unido. Image copyrights; Foto Perestrellos
O TSMS Lakonia incêndiou-se a norte da Madeira, o desastre, resultaram 128 mortos (95 passageiros e 33 membros da tripulação), de várias nacionalidades. Destes, 55 sucumbiram às chamas e os restantes faleceram por afogamento, hipotermia ou ferimentos ao atirarem-se para o mar. A maioria das vítimas tinha mais de 65 anos de idade.
Da tragédia do ‘Lakonia’ escaparam com vida 895 pessoas (passageiros e tripulação). O comandante do navio era Mathios Zarbis, de 53 anos, e foi a ultima pessoa a abandonar o navio ainda com vida. Dez dos náufragos do ‘Lakonia’ encontram-se sepultados no Cemitério Britânico, no Funchal. Sabe-se que outros 58 foram sepultados em Gibraltar e até hoje, estima-se que 58 corpos continuem desaparecidos.
Image copyrights; jornal The Illustrated London News.
O navio, de construção holandesa, tinha navegado antes com o nome MS Johan van Oldenbarnevelt, navegando regularmente entre Amesterdão e as Índias Orientais. Este viria a ser comissionado como navio de guerra aliado, e depois como navio de cruzeiros. Nove meses antes do seu afundamento, foi vendido à General Steam Navigation Company da Grécia. A 19 de Dezembro, partiu de Southampton para um cruzeiro de Natal de 11 dias com 646 passageiros e 376 tripulantes a bordo. Na quarta noite de viagem, um mordomo encontrou o cabeleireiro do navio em chamas, que se propagaram rapidamente às cabines de passageiros.
Imagem P&O/ships photographer – provided by Chris Titchen
Dois navios alertados por sinais de socorro conseguiram salvar a maioria dos sobreviventes. Às 03h30, quatro horas após o primeiro pedido de socorro, o navio de passageiros argentino Salta chegou ao local. O petroleiro britânico Montcalm chegou meia hora mais tarde, às 4h00 A maioria dos sobreviventes foram salvos por estes dois navios. Nas horas que se seguiram, o navio belga Charlesville, o cargueiro brasileiro Rio Grande, o navio de passageiros britânico Stratheden e o cargueiro panamiano Mehdi todos chegaram a tomar parte no resgate tendo cada uma das embarcações de resgate lançado barcos para tirar os sobreviventes da água. Além disso, quatro aviões C54 da força aérea dos EUA foram enviados a partir da Base das Lajes, nos Açores. Um RAF Avro Shackleton de Gibraltar cruzava a área, identificando barcos e sobreviventes, orientando assim as equipes de resgate. O facto do Lakonia estar à deriva levou a que as pessoas estivessem dispersas na água ao longo de 2 a 3 milhas (4,8 km). A maioria dos sobreviventes foi transportada para a Madeira, embora alguns tenham sido levados para Casablanca. Imagem Royal Navy
Os tripulantes do porta-aviões britânico HMS Centauro conseguiram chegar ao Lakonia a 24 de Dezembro, quando as chamas tinham já desaparecido. O rebocador norueguês Herkules iniciou o reboque do Lakonia às 5:30 horas do dia 24 de Dezembro. O Herkules, juntamente com o rebocador português Praia da Adraga e dois outros rebocadores, partiu para a base britânica em Gibraltar com o Lakonia a reboque. A sua inclinação agravou-se a cada dia, e cerca das 2:00 de 29 de Dezembro, o Lakonia rolou para o lado de estibordo e afundou de popa em apenas três minutos. O navio afundou-se a 230 milhas (370 km) a sudoeste de Lisboa, Portugal e a 250 milhas (400 km) a oeste de Gibraltar. Imagem Royal Navy
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