18.5.11

CEN perdeu Amigo e sócio fundador

O clube está mais pobre. Muito mais pobre. São as pessoas que fazem, ainda e sempre, a diferença. E Ele fazia a diferença. Partiu deste "porto" chamado "vida na terra". Mas estará sempre na memória, no sentimento, nos valores. O João Tomaz deixou-nos, ontem, 17 de Maio, aos 90 anos de vida. E que vida. Sobretudo de muita jovialidade, cordialidade, simplicidade. Que falta que faz, já hoje. Ensinou-me imenso. Tive a honra de estar com ele em tantas viagens organizadas pelo CEN, o clube que ajudou a fundar em 1993. Lembro-me de um dia ter-me dito que gostaria de morrer tendo visto as pirâmides do Egipto e a torre Eiffel, em Paris. Com muita satisfação participei a seu lado nestes dois pequenos grandes sonhos que tinha. Ainda me recordo quando avistou do autocarro da excursão do cruzeiro no Costa Magica as pirâmides de Gize, "ah, já posso morrer!". Ou da véspera da escala no Havre e disse-me "Filipe, não faz mal, se ninguém fôr a Paris..." Momentos depois voltava ao camarote do Tomaz, no Jewel of the Seas, e dizia-lhe "aqui está, acabei de comprar as excursões a Paris!". Agradeceu-me emocionadamente. E fomos a Paris para contentamento do Tomaz! Com ele fiz vários cruzeiros, com ele aprendi, com ele sorri, com ele, qualquer um de nós vivia a vida. Foi um dos melhores Amigos que o CEN proporcionou. A mim e a outros sócios do clube. Dizia-me, para me dar incentivo, "Filipe , você liga esta gente". E foi por pessoas e Amigos como o Tomaz que me mantive estes anos na direcção do clube, que não pode perder a sua essência de um clube de entusiastas de navios e onde o Tomaz gostava de conviver. E estará sempre connosco! À família do nosso sócio fundador, o clube expressa os seus pesâmes de um Amigo que jamais esquecerá. Com Amizade, Filipe

1 comentário:

Anónimo disse...

Que em paz descanse o Escultor Tomaz. Obrigado pelos seus ensinamentos, pela sua amizade, jovialidade e pedagogia. Perdemos o sócio; ganhamos um AMIGO para sempre.
Queira ele ser o piloto da barra para o nosso atraque no porto do Além.
L. Araújo